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Com a barriga cheia de emoções a gente entende que comer não sara


Hoje compartilho com vocês estas palavras profundas e verdadeiras da Mariane Mota, cujo processo de transformação do seu relacionamento com o corpo e a comida tenho a honra de acompanhar!

"Com a barriga cheia de emoções a gente entende que comer não sara e a escassez de alimento pro coração faz da comida acalentador algoz pro corpo, que se torna mero depósito pra cada questão mal resolvida travestida de gula.Gula merecida pra quem é desnutrido de compreensão, de liberdade de expressão e de amor próprio.E o próprio amor vai ficando cada vez mais distante pra quem não se dispõe a dar uma secada na alma em troca do corpo digno de tal afeto.É desgastante tentar dizer pra si mesmo que está tudo bem e se esforçar pela aceitação enquanto é bombardeado com ódio ao corpo pela exposição excessiva de um padrão cruel e tão inacessível. É nunca ser forte o bastante, é se odiar e tentar se perdoar em um ciclo louco, como uma doença autoimune: você se destruindo na tentativa de se libertar em meio ao ataques gerados por si mesmo por causa de uma sociedade doente como você. É se afogar em si mesmo na expectativa de se salvar. E com o tempo salva. Salva a si quando para de nadar contra a maré sozinho e resolve flutuar sobre a água e esperar o resgate, a bóia amiga ou a companhia pra nadar junto até águas calmas mais distantes. E ali vai aos poucos deixando pra trás as tentativas de se chegar ao padrão pra receber amor e ao olhar pro lado com compaixão e tempo o suficiente vai percebendo o amor que existe de graça ao redor e que quando não vem de graça na verdade não é amor. O padrão vai perdendo contorno, se esmaecendo perto da vividez da diversidade, das cores tão alegres dos mais diferentes corpos e almas inundadas de autorespeito. Vê que a tão famosa luz no fim do túnel é a luz que sai de dentro, não como pisca pisca natalino que vem só uma vez no ano pra trazer beleza, mas como farol que é forte e presente pra sinalizar a esperança em mares revoltos."

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